segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Resenha: Nada Além da Verdade

Olá! Aqui é a Lih! Bem vindos ao blog dos Novenáticos! E hoje vamos resenhar o livro: Nada Além da Verdade de Dom Georg Gänswein.

Ratzinger em seu último discurso como cardeal:

"Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, muitas vezes é classificado como fundamentalismo. Enquanto o relativismo, isto é, deixar-se levar 'aqui e além por qualquer vento de doutrina', aparece como a única atitude à altura dos tempos hodiernos. Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo que nada reconhece como definitivo e que deixa como última medida apenas o próprio eu e as suas vontades. Nós, ao contrário, temos outra medida: o Filho de Deus, o verdadeiro homem. É ele a medida do verdadeiro humanismo, 'Adulta' não é uma fé que segue as ondas da moda e a última novidade; adulta e madura é uma fé profundamente radicada na amizade com Cristo." (p. 59)

Dom Georg Gänswein foi secretário de Bento XVI desde 2003. Ele nos conta como se tornou secretário do Cardeal Ratzinger e como foi seu convívio com ele até o dia de seu falecimento.

Nos conta sobre a relação de Ratzinger com o Papa João Paulo II. O Conclave de 2005 e o papado de Bento XVI. A renúncia e o Conclave de 2013. E a relação entre o papa emérito e o Papa Francisco.

A forma que Dom Gänswein nos conta parece que estamos convivendo com os dois. Ler sobre o final do papado de João Paulo II me recordou a infância. Quando ele veio para o Brasil. 

O Conclave de 2005 e a precisão de detalhes que ele pode nos relatar parecia que estava lendo o Conclave de 2025. 

Foi um livro que não queria terminar. Lendo um pouquinho por dia e recordando a minha própria vida. Eu acompanhei só o comecinho do papado de Bento XVI. Pois me afastei da Igreja em 2007 e só voltei em 2017.

Espero que vocês também possam ler e se emocionar com a história do nosso saudoso Papa Bento XVI.

Alguns trechos:

"A essa consciência, eu atribuo a vontade de corresponder ao insistente pedido de entourage de João Paulo II, do qual, na onda do "Santo imediatamente" aclamada plenos pulmões durante os funerais do Papa Wojtyla, foi advogada a dispensa dos regulamentares cinco anos de espera para abertura do processo de canonização. Bento XVI também se sentia estimulado pelo grande entusiasmo popular, de modo que pediu a Cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, para preparar o decreto que foi lido a 13 de maio de 2005 na Basílica de São João de Latrão, ao fim do encontro com o clero de Roma, e que consentiu que Karol Wojtyla fosse rapidamente proclamado beato, a 1º de maio de 2011, e santo, a 27 de abril de 2014." (p. 29)

"Após ter afirmado que 'o cristianismo não é um sistema intelectual, um pacote de dogmas, um moralismo, mas um encontro, uma história de amor, é um acontecimento', o cardeal estigmatizou a tentação 'de transformar o cristianismo em um moralismo e o moralismo em uma política, de substituir o crer como fazer. [...] Assim fazendo, cai-se em particularismo, pedem-se sobretudo os critérios e as orientações, e no final não se constrói, mas se divide'. E concluiu com uma nota de realismo cru: 'quem crê deve também atravessar o 'vale das sombras', os vales obscuros do discernimento, bem como das adversidades, das oposições, das contrariedades ideológicas'." (p. 46)

"De fato, a relação entre liberdade e o seguir sempre foi um dos temas de reflexão:  "São duas ideias aparentemente contrastantes. Seguir a Cristo quer dizer caminhar atrás d'Ele, tomar o Seu caminho, abandonar a própria vontade e conformar se a Sua vontade; ao passo que liberdade quer dizer seguir somente a própria vontade; almejando realizar o próprio projeto de vida. Na verdade, seguir a Cristo é entrar no foco do amor e assim entrar na liberdade que nos liberta de todos os pretextos exteriores. Santo Agostinho utilizou uma expressão realmente audaz, mas verdadeira: 'Ama e faz o que quiseres'. Se temos o verdadeiro amor por Cristo crucificado, fazendo o que nos pede esse amor, estaremos sempre na reta via, em comunhão com Aquele que é o amor. E assim compreendemos que seguir a Cristo significa realizar nós mesmos, pois, assim fazendo, nos tornamos imagem de Deus e realizamos plenamente a nossa vocação pessoal (30 de junho de 2013)." (p. 242)

Até uma próxima postagem especial.

Um beijo, um abraço, que a paz de Cristo esteja contigo e o amor de Maria.


Texto por Lih 🚘💙

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